segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu briguei com a minha sogra.


Eu briguei com a minha sogra.

Veja o que me aconteceu, nessa semana passada.
É uma história muito séria, não é caso de risada.
Eu briguei com a minha sogra, não chegou a haver pancada.
Por eu ser um homem valente, das canelas reforçada.
Cheguei em casa da roça, ouve uma prosa serrada.
A mãe dizendo pra filha, você tá em mal armada.
Caboclinho de franqueza, da cor amarelada.
De tanto passar fome, e comer abóbora assada.
Teu marido é um vagabundo, sem serventia pra nada.
Tem uma grande preguiça, tá no corpo encalacrada.
Porque ele não vale mesmo, de fumo uma picada.
Feio que só o diabo, cara de broa amassada.
Aí ele perdeu a calma, e deu uma rebanhada.
A veia pulou num canto, e de lá saiu armada.
Com um cabo de vassoura, de sapeava sapecado.
Não pensei de passar, uma hora tão apertada.
Me peguei com todos os santos, numa reza apressada.
Pensei de sair correndo, achei a porta fechada.
Dei um pulo na janela, ouvi o ronco da bordoada.
Me fiz uma grande destreza, e pego só de rebanada
A véia tomou um troque que ficou ensaboada.
Eu adiante e ele atrás, quase uma légua de estrada.
Na carreira eu ia dizendo, comigo você tá enganada.
O teu genro é valentão, que nunca enjeitou parada.

Aluno: Senhor Manuel Pereira de Souza.



 

 

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