Eu briguei com a minha sogra.
Veja o que me aconteceu, nessa semana passada.
É uma história muito séria, não é caso de risada.
Eu briguei com a minha sogra, não chegou a haver pancada.
Por eu ser um homem valente, das canelas reforçada.
Cheguei em casa da roça, ouve uma prosa serrada.
A mãe dizendo pra filha, você tá em mal armada.
Caboclinho de franqueza, da cor amarelada.
De tanto passar fome, e comer abóbora assada.
Teu marido é um vagabundo, sem serventia pra nada.
Tem uma grande
preguiça, tá no corpo encalacrada.
Porque ele não vale
mesmo, de fumo uma picada.
Feio que só o diabo,
cara de broa amassada.
Aí ele perdeu a
calma, e deu uma rebanhada.
A veia pulou num
canto, e de lá saiu armada.
Com um cabo de
vassoura, de sapeava sapecado.
Não pensei de passar,
uma hora tão apertada.
Me peguei com todos
os santos, numa reza apressada.
Pensei de sair
correndo, achei a porta fechada.
Dei um pulo na
janela, ouvi o ronco da bordoada.
Me fiz uma grande
destreza, e pego só de rebanada
A véia tomou um
troque que ficou ensaboada.
Eu adiante e ele
atrás, quase uma légua de estrada.
Na carreira eu ia
dizendo, comigo você tá enganada.
O teu genro é
valentão, que nunca enjeitou parada.
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